Exposição ficará montada de 04 a 14 de junho no entorno do Mercado da Lagoinha com 12 painéis em grande formato
Durante evento de abertura, acontecerá também exibição de filme documentário, varal fotográfico e roda de samba
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, e a NITRO História Visuais, idealizadora do Projeto Moradores – A Humanidade do Patrimônio promovem, nessa quinta-feira (04/07), a abertura da exposição “Moradores | Lagoinha”, a partir das 19h, no entorno do Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira (Mercado da Lagoinha, rua Formiga, 140). A exposição de retratos em grande formato é fruto da vivência de cinco dias, quando aproximadamente 200 moradores e trabalhadores do bairro Lagoinha e região foram fotografados, entrevistados e tiveram suas histórias registradas.
A exposição estará montada às margens da avenida Antônio Carlos, entre o conjunto IAPI e o Mercado da Lagoinha. Serão 12 retratos de moradores da Lagoinha em painéis de grande formato (4m x 2m). Ela ficará exposta até 14 de julho e traz um recorte de várias gerações e de várias comunidades que compõem a região, com a Pedreira Prado Lopes, o conjunto IAPI e a Vila Senhor dos Passos (Buraco Quente).
Durante a abertura da exposição, será montado um varal fotográfico no Mercado da Lagoinha, onde todos os moradores que participaram do projeto poderão retirar uma cópia de seu retrato. Em seguida, será exibido um filme documentário curta-metragem baseado nas histórias contadas pelos próprios moradores. Fechando a noite, será a vez de celebrar um grande patrimônio do qual a região da Lagoinha foi o berço em Belo Horizonte: o samba. O grupo Conversamba e o bloco Leão da Lagoinha se apresentarão, em uma parceria com o projeto Almanaque do Samba.
“O Projeto Moradores integra um conjunto maior de ações da Prefeitura de Belo Horizonte que, de maneira respeitosa e calcada nas tradições e vocações culturais do bairro, busca valorizar, recuperar, fortalecer e potencializar o patrimônio material e imaterial da Lagoinha. Lançar luz às histórias de vida que a região abriga é uma forma de demonstrar que qualquer política pública voltada para a região deve partir antes e, sobretudo, das vivências e relações humanas estabelecidas com o território”, afirma a diretora de Patrimônio Cultural, Arquivo Público e Conjunto Moderno da Pampulha, da Fundação Municipal de Cultura, Françoise Jean de Oliveira.
Novas etapas
O Projeto Moradores é um movimento de ocupação urbana pela valorização da memória dos moradores, o maior patrimônio que um território pode ter. Criado em 2012 pelo coletivo mineiro NITRO Histórias Visuais, já passou por cinco estados, 19 cidades e registrou a história de aproximadamente 3.500 pessoas. Foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como uma ação de sucesso em Educação Patrimonial pela troca, interação e memória que acumula.
“Essa é a vigésima etapa que realizamos dentro do Projeto Moradores. Talvez tenha sido a mais complexa, pela diversidade com que a Lagoinha é capaz de conviver e abraçar. A nossa expectativa é de que essa nossa ação consiga servir de gatilho para valorizar ainda mais outras ações voltadas a identificar o que essa região de Belo Horizonte tem de mais rico, que são as histórias de seus moradores”, avalia Bruno Magalhães, um dos autores do Projeto Moradores ao lado de Gustavo Nolasco, Marcus Desimoni e Alexandre Baxter. “Depois dessa experiência na Lagoinha, a nossa intenção é replicar essa iniciativa em outros bairros e comunidades de Belo Horizonte”, afirma.
Projeto Moradores – A Humanidade do Patrimônio | Lagoinha
Exposição Fotográfica
Abertura: dia 4 de julho, às 19h
Visitação: até 14 de julho