projeto moradores
A velha decrepita e o porra louca
Certas delicadezas da vida sempre insistem em ficar pelo caminho. Perdem-se da rota traçada, mas ao contrário do imaginado, não se tornam menos importante. Algumas pessoas são assim: delicadezas. Escolhem...
Os claros montes
Da vereda, tropa. Da fome, seca. Da fartura, mercado. Da viola, poesia. Da Bahia, Gerais. Arraial de chegança. Formigueiro da esperança. O Morro espalhou gente aos montes. De lá, negro,...
Leve bocaiúva comigo
Meu Senhor do Bonfim, hoje venho lhe fazer uma oração encabulada. Sei da precisão de muita gente por seus milagres, mas ei de me arriscar a um pedido apressado. Explico...
O sonho de luiz paletó
Estava sentado na beira da antiga rodoviária do Serro, como quem espera a próxima partida. Lançou-me os imensos olhos claros. Calçava luvas pretas. Numa das mãos, faltava um dedo, deixando...
Mestre Assis Horta é o novo fotógrafo do projeto moradores
A cada etapa do projeto Moradores – A Humanidade do Patrimônio Histórico surgem novas surpresas. Em Diamantina foram inúmeras, mas uma delas marcou para sempre a equipe do projeto: a presença do...
Sobre dedos, letras e ombros
Raul é bom mesmo em matemática. “Quanto é dois mais três?”. Aponta os dedinhos: dois de um lado com três do outro. Raspa a pontinha deles no queixo e vai...
O neto das Gerais
Philipe é o moço do rolê. Carrega no sangue catrumano a resistência do sertão, um sorriso torto e farto e a mente ativa. A casca grossa e amorenada leva antenas imaginárias apontadas para os sinais de igualdade emitidos pelo planeta.
O sorriso de Dodoia
A menina Dodoia ainda guarda o mesmo sorriso que encantou seu pai naquela madrugada da primeira fornada que fizeram juntos.
A vassoura de Chiquinho
Quisera todo mundo pudesse acordar, ir à praça, levar um sorriso no rosto e dizer “bom dia” para o Chiquinho. Ele não varre a praça. Chiquinho é professor. Faz da vassoura um quadro negro. Ajunta poeira e assim, escreve todo dia a nossa história.
Cadê o museu que estava aqui?
Nós do Projeto Moradores lutamos pela valorização da Memória. Para tanto, seguimos por ouvir e registrar histórias. O que seria do varal sem elas? Assim ficamos, só barbante e pregadores....